Senadores aprovam relatório da CPI da Covid-19

Documento sugere o indiciamento de 80 nomes, entre pessoas e empresas

CPI da Covid-19 termina com 80 pedidos de indiciamentos EDILSON RODRIGUES/AGÊNCIA SENADO

Os senadores da CPI da Covid-19 aprovaram o relatório final da Comissão, na noite desta terça-feira, por 7 votos a 4. A última versão do documento tem 1.289 páginas e 80 pedidos de indiciamento, sendo 78 pessoas e duas empresas. O relatório foi elaborado por Renan Calheiros (MDB-AL) e sofreu alterações desde a semana passada, quando o senador fez a leitura.

Votaram pela aprovação do relatório os senadores Eduardo Braga, do MDB, Renan Calheiros, do MDB, Tasso Jereissati, do PSDB, Otto Alencar, do PSD, Humberto Costa, do PT, Randolfe Rodrigues, da Rede, e Omar Aziz, do Cidadania. A rejeição ao documento recebeu os votos de Luiz Carlos Heinze, do PP, Eduardo Girão, do Podemos, Marcos Rogério, do DEM, e Jorginho Mello, do PL.

O documento é o compilado de tudo o que foi apurado nos quase seis meses de reuniões no Senado, desde a abertura dos trabalhos, em 27 de abril deste ano. Além das sugestões de indiciamento, o texto ainda traz pedidos de investigação. A partir do relatório, órgãos fiscalizadores serão acionados para dar continuidade às apurações de possíveis crimes cometidos pelos citados.

Entre os principais indiciados, estão o presidente Jair Messias Bolsonaro, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o ex-ministro da pasta Eduardo Pazuello e o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni. O único governador na lista de sugestões de indiciamentos é Wilson Lima (PSC), do Amazonas, incluído nesta terça, logo no início da sessão.

Há, ainda, os nomes do Senador Flávio Bolsonaro e de vários deputados, como Ricardo Barros (PP-PR), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Osmar Terra (MDB-RS) e Carlos Jordy (PSL-RJ)

Horas após incluir o nome de Luis Carlos Heinze (PP-RS) na lista de sugestões de indiciamento no relatório final da CPI da Covid-19, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) aceitou remover o nome do gaúcho do documento. A retirada foi um pedido de Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que tinha feito a solicitação de inclusão pela manhã, mas mudou de ideia ressaltando a imunidade parlamentar.