Considerado a prévia da inflação oficial, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo 15), acelerou a 1,2% em outubro, após ficar em 1,14% em setembro. Divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), esse resultado é a maior variação para um mês de outubro desde 1995 (1,34%), e também a mais alta entre todos os meses do ano desde fevereiro de 2016, quando o índice foi de 1,42%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 8,3% e, em 12 meses, de 10,34%, sendo que em outubro de 2020, a taxa foi de 0,94%.
Em Porto Alegre, apresentou o mesmo percentual registrado em outubro no país, com 1,2%, acumulando uma alta de 11,85% em 12 meses e 9,38% no trimestre.
O centro da meta do Banco Central para a inflação neste ano é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados mostraram aumento de custos, com o maior impacto (0,43 ponto percentual) e a maior variação (+2,06%) vindo de transporte. O grupo habitação veio na sequência, com a alta de 1,87% adicionando 0,30 ponto percentual ao IPCA-15 cheio.
Com a sequência de altas, o indicador agora acumula ganho de 8,3% neste ano e de 10,34% nos últimos 12 meses. Em outubro de 2020, a taxa foi de 0,94%. O IBGE indicou o registro de alta em todas as áreas pesquisadas. O menor resultado para o décimo mês do ano foi em Belém (0,51%). Porto Alegre ficou entre as quatro capitais com maior variação, 1,20%, perdendo apenas para Curitiba (1,58%), São Paulo (1,34%) e Rio de Janeiro (1,22%). Na variação acumulada registrada no trimestre, a Capital gaúcha teve 9,38, enquanto nos 12 meses anteriores foi de 11,85%.
O IPCA-15 também foi pressionado pelos grupos de alimentação e bebidas, que viu alta de 1,38% nos preços, mais um grupo a mostrar intensificação na elevação dos custos .