O relatório Focus, um conjunto de expectativa semanais das instituições financeiras do país e divulgado todas segunda-feira pelo Banco Central, traz uma significativa revisão das estimativas para variáveis econômicas brasileiras. Assim, inflação, juros e dólar mais altos e crescimento econômico mais fraco, fazem parte das estimativas. Uma das mudanças que se destaca é a da expectativa dos juros. A mediana das previsões para a taxa Selic ao fim de 2022 pulou para 9,5% ao ano, de 8,75% na semana anterior. O juro básico visto para o término de 2021 subiu para 8,75%, de 8,25% do prognóstico anterior.
A estimativa do IPCA de 2021 passou de 8,79% para 9,05%, indicando que a tendência é de alta, enquanto para 2022 saltou 0,27 ponto percentual, de 8,69% para 8,96%, a 29ª alta consecutiva, conforme o Relatório Focus, cada vez mais distante do teto da meta (5,25%) a ser perseguida pelo Banco Central (BC). Há um mês, estava em 8,45%. A projeção para o índice em 2022, foco do BC, também continuou subindo, de 4,18% para 4,40%, 14º aumento seguido. Quatro semanas atrás, estava em 4,12%.
Com relação ao dólar, a expectativa passou de R$ 5,25 para R$ 5,45, ante R$ 5,20 de um mês atrás. Para 2022, a estimativa para o câmbio também subiu de R$ 5,25 para R$ 5,45, de R$ 5,24 há quatro semanas.