O otimismo dos industriais gaúchos ficou menor em outubro, na comparação com setembro, revela o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS), divulgado nessa quinta-feira (21) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS). O indicador caiu 1,1 ponto, atingindo 60,1, no segundo mês consecutivo de queda, revertendo a tendência após as cinco altas anteriores, que totalizaram 10,8 pontos. Apesar disso, ao permanecer acima de 50 pontos e em patamar elevado, 6,1 acima da média histórica, o ICEI-RS revela que os empresários continuam confiantes.
Conforme o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry, diferentes fatores desfavoráveis à produção contribuem para esta redução na confiança dos empresários gaúchos: juros crescentes, aceleração da inflação, volatilidade da taxa de câmbio e intensa pressão de custos, provocada, principalmente, pela escassez e aumento nos preços dos insumos, da energia elétrica, com a possibilidade de racionamento, e dos combustíveis.
O dirigente reforça, no entanto, que, apesar de menos favoráveis, as perspectivas dos empresários mantêm a sinalização positiva para a indústria gaúcha nos próximos meses. Isso se dá à medida que a vacinação contra Covid-19 avance e o retorno das atividades se complete, contando também com menores dificuldades na cadeia de suprimentos.
O ICEI-RS, que varia de zero a cem pontos, é composto pelos Índices de Condições Atuais e de Expectativas. Em outubro, todos continuaram na faixa positiva, acima dos 50, mas a queda da confiança ocorreu exclusivamente por conta da piora das expectativas, pois as condições de momento não se alteraram em relação a setembro.
O Índice de Condições Atuais ficou praticamente estável, passando de 56,1, em setembro, para 56,2 pontos, em outubro. Acima de 50, mostrou que os empresários perceberam melhora, avaliando favoravelmente a economia brasileira (51,3 pontos) e, principalmente, a própria empresa (58,6). Para 33,3% e 44% dos empresários, respectivamente, a economia brasileira e a empresa melhoraram nos últimos seis meses, mas pioraram para 26,4% e 12% deles, na mesma ordem.