Cachoeirinha decreta situação de emergência em razão de impasse com recolhimento do lixo

Empresa contratada sem licitação vai reforçar, emergencialmente, a coleta manual a partir de segunda-feira

Prefeito em exercício, Maurício Medeiros, assinou decreto de emergência. Foto: Reprodução / Prefeitura de Cachoeirinha

O prefeito em exercício de Cachoeirinha, Maurício Medeiros, decretou situação de emergência em razão de um impasse relacionado à coleta de lixo no município da região Metropolitana. A medida, que fica em vigor durante 30 dias, pode ser prorrogada pelo mesmo período. O decreto autoriza a contratação emergencial de uma prestadora sem licitação. Enquanto durar a emergência, a população deve evitar o descarte de resíduos que não estejam devidamente embalados e depositados em contêineres.

Com o decreto, a empresa Limpex, contratada com dispensa emergencial, vai reforçar a coleta manual, recolhendo o lixo dos contêineres a partir de segunda-feira. A empresa vai usar quatro caminhões, cobrando R$ 160,26 a cada tonelada retirada.

Os contratos referentes aos serviços de coleta manual e mecanizada de resíduos em Cachoeirinha foram suspensos pela justiça, a pedido do Ministério Público estadual, em 30 de setembro. Na mesma ação, o prefeito Miki Breier (PSB) teve decretado o afastamento do cargo, por 180 dias, investigado pelo suposto favorecimento da empresa que venceu as licitações.

Com a decisão judicial, a segunda colocada teve o contrato assinado na quinta-feira retrasada. No sábado, a Ecsam Serviços Ambientais retomou o recolhimento de resíduos, mas informou a capacidade de retirar das ruas até 1,4 mil toneladas por mês, o que não resolve a situação no município a longo prazo. A empresa anterior vinha fazendo, em média, o recolhimento de 3 mil toneladas de lixo ao mês.

Sobre a coleta mecanizada, ainda não há previsão de que a situação se normalize. O setor de compras da prefeitura trabalha na elaboração de um contrato emergencial, mas é preciso que haja interessadas em prestar o serviço.