Um relatório do Banco Mundial revela que os esforços de países de baixa renda pafra enfrentar a pandemia, incluindo o Brasil, acabram por resultar em um recorde de endividamento em 2020. Segundo dados do Banco, essa dívida soma US$ 860 bilhões, o que representa um crescimento de 12% em relação ao ano anterior.
Considerando a dívida externa, esses países apresentaram um aumento de 5,3% no ano passado, frente a 2019, atingindo US$ 8,7 trilhões. As razões para isso estão concentradas nos pacotes de estímulo fiscal, monetário e financeiro massivos para atender à emergência de saúde, e reduzir os impactos da crise nas faixas mais pobres da população pesaram nesse resultado.
“As economias em todo o mundo enfrentam um desafio assustador representado por níveis de dívida elevados e em rápido crescimento”, disse em nota Carmen Reinhart, vice-presidente sênior e economista-chefe do Banco Mundial.
“Os formuladores de políticas precisam se preparar para a possibilidade de superendividamento quando as condições do mercado financeiro se tornam menos benignas, especialmente em mercados emergentes e economias em desenvolvimento”, diz Reinhart.