Alcolumbre alega “obstrução” para barrar Mendonça para vaga no STF

Espera de ex-ministro da Justiça por sabatina completa 3 meses na semana que vem. Supremo continua com 10 ministros

Ministro André Mendonça é relator da ação que questiona o fundo eleitoral. Foto: Anderson Riedel/PR

A inédita espera do ex-ministro da Justiça André Mendonça para a sabatina, que antecede a decisão do plenário do Senado sobre a indicação de seu nome para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal), completa 3 meses na semana que vem.

A situação não tem precedentes na Casa e foi justificada ao STF pelo presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), senador Davi Alcolumbre (DEM/AP), como “obstrução legítima”.

O presidente da Comissão precisou apresentar seus motivos para não convocar a sabatina após determinação do ministro do STF Ricardo Lewandowski, atendendo a ação movida por senadores Jorge Kajuru (Podemos/GO) e Alessandro Vieira (Cidadania/SE).

A “obstrução” é um instrumento regimental segundo o qual um partido ou grupo utiliza-se de instrumentos do próprio regimento para impedir o avanço de uma proposta da qual diverge.

Alcolumbre nega “intensão direta” de bloquear o processo de indicação de André Mendonça ao STF, da qual discorda, mas ressalta que a “atuação obstrutiva é instrumento político legítimo”.