O volume de vendas do comércio varejista no país apresentou um recuo de 3,1% em agosto, na comparação com o mês anterior (2,7%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (6) pelo IBGE, e indicam que mais da metade das atividades caíram no período. No ano, o varejo acumula alta de 5,1% e nos últimos doze meses, crescimento de 5,0%. No Rio Grande do Sul a queda do comércio varejista, comparado com julho foi de 4,9% e de desempenho negativo também de 1,3% na comparação com agosto do ano passado.
No estado, os setores de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos (18,6%) e tecidos, vestuário e calçados (12,1%) tiveram as maiores altas no acumulado em 12 meses. Já equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-26,3%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-22,2%) foram as maiores quedas no mesmo período.
Considerando apenas o mês de agosto, as maiores altas setoriais foram tecidos, vestuário e calçados (16,7%), livros, jornais, revistas e papelaria (14,9%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos (14,7%). Entre as quedas, destaque para móveis (-15%) e eletrodomésticos (-14,5%)
Seis das oito atividades pesquisadas no país tiveram taxas negativas em agosto, com destaque para outros artigos de uso pessoal e doméstico (-16,0%), que teve a principal influência negativa sobre o indicador do comércio varejista. Essa atividade é composta, por exemplo, pelas grandes lojas de departamento.
Também apresentaram queda no período os setores de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-4,7%), combustíveis e lubrificantes (-2,4%), móveis e eletrodomésticos (-1,3%), livros, jornais, revistas e papelaria (-1,0%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,9%).
As duas atividades que tiveram variação positiva no volume de vendas em agosto foram tecidos, vestuário e calçados (1,1%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,2%).
Já no comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, veículos e materiais de construção, o volume de vendas caiu 2,5% em agosto na comparação com julho. A atividade de veículos, motos, partes e peças teve variação positiva de 0,7%, enquanto material de construção variou negativamente (-1,3%).
Os resultados negativos apareceram em 24 das 27 unidades da federação em agosto frente ao mesmo mês do ano passado, com destaques para Rondônia (-19,7%), Paraná (-11,0%), Mato Grosso (-10,9%), Acre (-10,2%) e Santa Catarina (10,1%). Os três estados que ficaram no campo positivo foram Ceará (2,0%), Maranhão (1,0%) e Roraima (0,3%). No comércio varejista ampliado, a variação negativa foi seguida por 20 das 27 unidades da federação, sendo as principais Amapá (-9,2%), Paraná (-9,0%) e Rondônia (-7,4%). Por outro lado, registraram as principais altas o Pará (1,3%), Ceará (1,1%) e Sergipe (1,1%). O Alagoas ficou estável (0,0%).