A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 aprovou, nesta terça-feira, o requerimento para que a empresa Voetur Turismo informe, em até 24 horas, os destinos das viagens supostamente contratadas pelo ex-diretor de logística do Ministério da Saúde Roberto Dias. O pedido partiu do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), após a diretora-executiva da empresa, Andreia Lima, informar que Roberto Dias é cliente da empresa e mantém uma conta para compra de passagens.
O pagamento, pela empresa, de boletos em nome do ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, pautou parte da sessão de hoje da CPI. Segundo Raimundo Nonato Brasil, sócio da empresa de logística VTCLog, que pertence ao mesmo grupo da VoeTur, o valor pago era uma compensação de passagens aéreas que já tinham sido supostamente pagas pelo ex-servidor por meio de depósito bancário.
Ao ser questionado sobre quais as datas e destinos das passagens adquiridas, Nonato Brasil afirmou não ter como divulgar essas informações. Já Andreia Lima admitiu que um office boy da VTCLog, Ivanildo Gonçalves que também já ouvido pela comissão, pagou em dinheiro boletos bancários em nome de Roberto Dias. Mas, segundo ela, a operação serviu apenas para dar baixa contábil a valores pagos anteriormente à VoeTur Turismo.
“Roberto Dias em nenhum momento recebeu dinheiro da VTCLog para o pagamento de suas contas. Ele é cliente da VoeTur Turismo e realizou alguns depósitos para pagar alguns bilhetes de passagens aéreas. Outros ele pagou em dinheiro ao nosso financeiro. Quando o boy foi para o banco, nosso financeiro pegou o dinheiro para que quitasse aquele boleto da VoeTur Turismo. Para entrar no nosso banco, tem que pagar para que eu possa dar baixa no boleto contabilmente”, esclareceu.
