O preço nacional do gás de cozinha atingiu em setembro a maior média mensal real (descontada a inflação) deste século, vendido a R$ 98,7 o botijão. Já no caso da gasolina, o preço médio por litro no país, de R$ 6,092, foi o maior, em termos reais, desde fevereiro de 2003. Os dados são do Observatório Social da Petrobras (OSP) e seu monitor de preços, entidade de pesquisa ligada à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), ao Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps) e ao Instituto Latino-Americano de Estudos Sócio-Econômicos (Ilaese).
Conforme o levantamento do observatório, o preço médio do GLP no Brasil, em setembro, corresponde a 9% do salário-mínimo, o patamar mais elevado desde fevereiro de 2008. Os dados vinham mostrando uma tendência de queda do valor do botijão em relação ao salário-mínimo ao longo da maior parte do século XXI. Desde 2006 a relação caiu para menos de dois dígitos, até chegar a 5,7% em janeiro de 2015. Nos últimos três anos, porém, esteve acima dos 7%.