Vereadores de Cachoeirinha, na região Metropolitana, rejeitaram hoje a admissibilidade de um pedido de impeachment contra o prefeito da cidade, Miki Breier (PSB). A votação terminou com 11 votos contra e quatro a favor. A principal alegação dos parlamentares contrários é a de que não podem acatar o pedido de cassação enquanto não estiverem concluídas as investigações contra o chefe do Executivo.
O pedido de cassação de Miki Breier, partiu da ex-vereadora e ex-candidata a vice-prefeita, Jacqueline Ritter. Ela se baseou o processo movido pelo Ministério Público (MP), que na semana passada, afastou Breier do cargo por 180 dias, até a conclusão das investigações. O advogado de Jacqueline sustentou, antes da votação, que havia como a Câmara pedir as provas do processo durante o rito de impeachment.
Em redes sociais o prefeito afastado afirmou que a “maioria da Câmara agiu com sensatez, aguardando os desdobramentos da investigação que está em andamento”.
Entenda o caso
Miki Breier é investigado pelo Ministério Público por suspostamente ter atuado na fraude de uma licitação para a limpeza urbana de Cachoeirinha. A suspeita é que os desvios tenham começado em 2017, garantindo lucros na ordem de 45%. Os empresários favorecidos mantêm uma relação próxima do prefeito.
Na lista, aparecem os proprietários da SKM Empreendimentos e do Comércio Eireli, envolvida no possível crime contra a administração pública. O secretário da Fazenda de Cachoeirinha, Elvis Valcarenghi, também teve ordem de afastamento do cargo.
Até o momento, a investigação aponta indícios de que tenham sido cometidos os crimes de corrupção ativa e passiva, responsabilidade, desvio de verba pública, dispensa indevida de licitação, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.