Polícia Civil ouve dono e testemunhas no caso do cliente espancado e morto em açougue em Alvorada

Equipe da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa examina ainda imagens de câmeras de monitoramento

Loja ficará fechada nesta segunda-feira | Foto: Ricardo Giusti / CP Memória

A Polícia Civil já começou as investigações e pretende ouvir ainda nesta segunda-feira o proprietário do açougue onde um cliente foi espancado e morto, neste final de semana, na avenida Presidente Getúlio Vargas, em Alvorada. A vítima, o vendedor de pastel Wagner de Oliveira Lovato, 40 anos, teria reclamado do preço da carne e discutido com um funcionário na noite de sábado. O dono não encontrava-se presente no local.

Ao sair do açougue, Lovato foi agredido a socos e pontapés por dois homens. Tratam-se do gerente da loja de carnes que estava de folga e de um amigo deste. Ferido gravemente e com traumatismo craniano, Wagner de Oliveira Lovato morreu na noite desse domingo no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre.

À reportagem do Correio do Povo na manhã desta segunda-feira, o titular da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) de Alvorada, delegado Edimar Machado, disse ainda que a oitiva de outras testemunhas também será realizada no inquérito que apura o caso.

O delegado confirmou também que os dois homens presos “foram autuados em flagrante”. Conforme o titular da DPHPP de Alvorada, o delegado plantonista “pediu a prisão preventiva deles”. Dentro das investigações, os agentes estão analisando as “imagens fornecidas pelo estabelecimento”.

NOTA OFICIAL

Nesta segunda-feira, o estabelecimento comercial divulgou nota oficial na qual lamenta profundamente a morte da vítima e anunciou que a loja estará fechada todo o dia em respeito à vítima e familiares.

“Estamos adotando todas as medidas possíveis para auxiliar as autoridades na apuração das responsabilidades neste ato criminoso em frente ao estabelecimento em Alvorada. O funcionário envolvido neste episódio inaceitável, que não estava em atividade de trabalho no momento do crime, foi afastado pela empresa e está sob custódia da Polícia”, informou.

“Desde o ocorrido, estamos buscando contato com a família da vítima para dar o suporte necessário. Compreendemos o momento de dor e de reserva e respeitamos o tempo dos familiares. Estamos à disposição para que esse diálogo aconteça”, acrescentou a empresa no comunicado.

O açougue lembrou que funciona há apenas três meses e emprega 32 funcionários “instruídos a atender com respeito e atenção ao cliente”. “Estamos profundamente consternados com este episódio inexplicável. Não toleramos, nem admitimos, nenhum tipo de violência”, conclui na nota oficial.

Wagner de Oliveira Lovato deixa esposa, três filhos e uma neta. Ele será velado e sepultado no São Jerônimo Cemitério Parque, no bairro Formoza, em Alvorada.

A Prefeitura Municipal se manifestou através de sua assessoria de imprensa. A instituição disse lamentar o ocorrido e afirmou se solidarizar com familiares e amigos da vítima.