A taxa de desocupação recuou para 13,7% em junho, depois de registrar um índice de 15,1% em março deste ano. O resultado faz parte de uma análise de desempenho do mercado de trabalho, feita a partir da desagregação dos trimestres móveis da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta segunda-feira, mostra também que taxa de desocupação dessazonalizada em junho é a menor apurada desde maio de 2020.
O avanço recente das contratações está ocorrendo em setores que empregam relativamente mais mão de obra informal, como de construção, agricultura, e serviços domésticos, que registraram crescimento anual da população ocupada de 19,6%, 11,8% e 9%, respectivamente. No segundo trimestre de 2021, na comparação interanual, observa-se uma expansão de 16% dos empregados no setor privado sem carteira e de 14,7% dos trabalhadores por conta própria.
De acordo com os dados obtidos na PNAD Contínua, o aumento do emprego no segundo trimestre ocorreu com destaque para a expansão da ocupação entre as mulheres, jovens e trabalhadores com ensino médio completo, com crescimento de 2,2%, 11,8% e 7,0%, respectivamente.
De acordo com os micro dados de transição extraídos da PNAD Contínua, o percentual de trabalhadores desocupados que estavam nesta situação por dois trimestres consecutivos saltou de 47,3% no primeiro trimestre de 2020 para 73,2% no segundo trimestre de 2021. Por outro lado, a parcela de desempregados que obtiveram uma colocação no trimestre subsequente recuou de 26,1% para 17,8% no mesmo período.