Dias após a divulgação de pesquisa da Assembleia que apontou o empobrecimento e a ampliação da desigualdade social no Estado, em função da pandemia, o governo gaúcho realizou reunião para tratar do tema. No encontro, que contou com a presença do secretário de Planejamento, Cláudio Gastal, de técnicos do Executivo e de deputados, foram apresentadas novas informações sobre o andamento do auxílio emergencial gaúcho.
Segundo os dados da secretaria, na categoria 1, das mães solo, a execução do programa ficou em 8,5%. A previsão divulgada pelo Executivo era atender um público de 8.141 mulheres, mas só 695 sacaram o recurso. Já na categoria 2, que inclui empresas do Simples Nacional, a execução foi de 31%. A estimativa era atender grupo de 19.458 empresas, mas somente 6.104 conseguiram receber a ajuda ou estavam aptas a receber. Nas categorias 3 e 4 do programa, que dizem respeito, respectivamente, aos microempreendedores individuais e aos trabalhadores desempregados, a execução sequer começou em função de dificuldades burocráticas enfrentadas pelo governo. Ao todo, O Pirtatini disponibilizou R$ 107 milhões para a iniciativa.
“Os números são preocupantes. Enquanto os indicadores de fome, pobreza, miséria e desigualdade não param de crescer, a alternativa criada em nível estadual segue patinando dentro dos critérios criados”, disse Valdeci Oliveira (PT), autor de projeto em tramitação na Assembleia sobre o tema. O deputado vem tratando da questão com o Piratini há meses.