A juíza de Planalto, Marilene Parizotto Campagna, rejeitou mais um pedido de soltura de Alexandra Dougokenski, acusada de matar o filho, Rafael Winques, de 11 anos, em maio do ano passado, no município do Norte gaúcho.
Na decisão, ela salienta que “permanecem íntegros os fundamentos expostos anteriormente” e reitera a decisão em que manteve Alexandra presa. A acusada cumpre prisão preventiva desde 13 de julho do ano passado na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba.
A defesa sustentou a inexistência de motivos e fundamentos para manutenção da reclusão alegando que Alexandra não oferece risco à sociedade e que o estado de saúde dela vem se agravando. Também argumentou que a aplicação de medidas cautelares alternativas à prisão pode permitir que a ré volte a conviver com o outro filho.
Júri remarcado
A juíza já havia negado a soltura de Alexandra no dia 13, quando decidiu pelo adiamento do júri para o dia 21 de março do ano que vem.
Além do homicídio qualificado (motivo torpe, motivo fútil, meio cruel, dissimulação e recurso que dificultou a defesa), a acusada vai responder, perante um júri popular, pelos crimes conexos de ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual. Os fatos de o crime ter sido cometido contra um menor de 14 anos, descendente dela, podem agravar a pena em caso de condenação.
Rafael Mateus Winques desapareceu em 15 de maio de 2020, em Planalto. O menino teve o corpo encontrado 10 dias depois, em uma caixa de papelão colocada no terreno da casa vizinha onde vivia com a mãe. A perícia indicou asfixia mecânica, provocada por estrangulamento, como causa da morte.