O anúncio do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central sobre a nova taxa de juros, a Selic, que subiu 1 ponto percentual, de 5,25% para 6,25% ao ano, dividiu opiniões entre lideranças empresariais. Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) argumentou que a alta aumenta o risco de uma nova recessão, em um cenário em que nem a produção industrial, nem o emprego se recuperaram dos níveis anteriores à pandemia de Covid-19.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Petry, avalia que a decisão ocorreu em função das expectativas de inflação, influenciado pelo quadro hidrológico, pela continuidade dos gargalos nas cadeias de insumos industriais e pelo ambiente de incerteza fiscal. Para o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, a preocupação também é com a taxa provocar um resfriamento muito forte da atividade econômica, com reflexo na geração de empregos. Já o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), Vitor Augusto Koch, entende que a medida afeta o consumo das famílias e os investimentos futuros.