A Polícia Civil prendeu o cúmplice do falso advogado que aplicou golpes usando as dependências da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RS) em Gravataí. Na manhã desta quinta-feira, o diretor da 1ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (1ª DPRM), delegado Juliano Ferreira, explicou que o suspeito foi detido na tarde de quarta-feira no bairro Bom Fim, em Porto Alegre. “O mesmo assumiu a participação nos delitos investigados”, frisou.
A prisão foi efetuada pelos agentes da 1ª DP de Gravataí, tendo apoio dos colegas da 10ª DP da Capital. Segundo o delegado Juliano Ferreira, o cúmplice do falso advogado é um norte-americano naturalizado brasileiro, de 49 anos, e possui antecedentes criminais pela Lei Maria da Penha, ameaça, injúria e estelionato.
O suspeito já foi reconhecido pessoalmente por uma das vítimas. Representantes da OAB-RS compareceram à 1ª DP de Gravataí. Já um terceiro indivíduo, que teria dado apoio logístico, também foi detido.
O falso advogado, um paranaense, de 53 anos, conhecido como Tonelada, não foi ainda localizado pelos policiais civis. Ele havia se hospedado com nome diferente em um hotel da Capital. O estelionatário agiria no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Em Gravataí, o golpista, vestindo terno e gravata, junto com o cúmplice, manifestou interesse por smartphones em uma loja de telefones celulares na área central da cidade. Ele alegou que seria para um grupo de profissionais da entidade de classe.
Para consumar o golpe, ele pediu para um funcionário com uma máquina de cartão que fosse depois até a sede local da OAB-RS, onde efetuaria a compra. Em uma sala da entidade de classe, o estelionatário a aguardava e falou que mostraria dois aparelhos telefônicos para um colega, desaparecendo em seguida com os dois aparelhos telefônicos. Um segundo estabelecimento comercial quase foi vítima do criminoso. Imagens de câmeras de monitoramento registram a atuação dele nas lojas.
Em nota oficial, a Diretoria da Subseção da OAB-RS de Gravataí informou que colabora com a apuração dos fatos, entregando inclusive as imagens captadas pelas câmeras de segurança interna da sede local, onde aparecem os suspeitos. “Esclarecemos, ainda, que a sala indevidamente utilizada com a intenção de compra e venda de aparelho de celulares não foi a sala privativa aos advogados e advogadas inscritos na Ordem”, esclareceu.