A conta de luz de outubro vai manter a bandeira tarifária de escassez hídrica. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que a cor da bandeira a ser acionada nesta sexta vale apenas para os consumidores com o benefício da tarifa social. Para os demais consumidores segue valendo a tarifa criada para enfrentar a pior crise hídrica do país em 91 anos.
A cobrança da bandeira de escassez hídrica gera adicional de R$ 14,20 a cada 100 quilowatt-hora consumidos, o equivalente a um aumento de 6,78% na conta de luz. Desde agosto, a bandeira vigente era a vermelha patamar 2, que aplica tarifa extra de R$ 9,49 a cada 100 quilowatts-hora.
A nova tarifa de escassez começou a valer em setembro deste ano e vai até abril de 2022, com exceção dos beneficiários da tarifa social e dos consumidores dos sistemas isolados, como os de Roraima e de outras áreas remotas do país.
O novo patamar atende determinação da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG) para custear, com recursos da bandeira tarifária, os custos excepcionais do acionamento de usinas térmicas e da importação de energia.
Bônus
Junto com a banderia da escassez hídrica, a Aneel lançou o Programa de Incentivo à Redução Voluntária do Consumo de Energia Elétrica, que começou a valer em setembro. A iniciativa vai recompensar os cidadãos que reduzirem em até 10% o consumo, com um bônus de R$ 50 para cada 100 kWh de economia. O consumo nos mesmos meses de 2020 deste período de setembro e dezembro vai servir como parâmetro para calcular a média de consumo.
O programa deve durar até dezembro de 2021 e vale para aqueles que reduzirem o consumo em um patamar de 10% a 20%. Quem economizar menos que 10% não recebe o bônus e quem superar o nível de 20% não recebe prêmio adicional.