O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central confirmou as expectativas do mercado financeiro e decidiu, nesta quarta-feira, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros da economia (Selic) em 1 ponto percentual, de 5,25% para 6,25% ao ano. Esse é o maior patamar desde o fim de julho de 2019, quando a Selic havia chegado a 6,5% ao ano.
É a quinta reunião consecutiva em que o BC decide pela alta, e a medida já era esperada por analistas, principalmente, porque os juros mais altos encarecem o crédito e reduzem a disposição para consumir, o que ajuda a baixar a inflação.
Mais cedo, o dólar fechou em alta de 0,34%, acima de R$ 5,30, depois das informações do Federal Reserve, o Banco Central norte-americano, estimando que cortes de estímulos nos Estados Unidos estão mais próximos, com chances ainda dos juros subirem antes do esperado. Por hora, as taxas nos EUA se mantêm entre 0% e 0,25% ao ano.
Já o Ibovespa, o principal índice de ações brasileiras, apresentou alta de 1,84%, acima dos 112 mil pontos, nesta quarta. Esse comportamento reflete uma maior tranquilidade do mercado com medidas do governo chinês para evitar pânico no setor imobiliário com a dívida da gigante Evergrande e depois dos indicadores divulgados nos Estados Unidos.