Jair Renan, filho do presidente Jair Bolsonaro, se tornou alvo, nesta segunda-feira, de um pedido para comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. Ele provocou os senadores ao postar nas redes sociais um vídeo mostrando ao menos dez pistolas e mencionando a comissão: “Alô CPI”, dizia a frase acompanhada por risos e publicada nessa manhã.
Agora, a CPI quer ouvi-lo. Autor do requerimento, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) quer que Renan justifique as supostas ameaças feitas à Comissão ao gravar o vídeo em uma loja que vende armamento.
Pelo Twitter, Vieira disse, ainda, que Jair Renan vai ter a oportunidade de dar “pessoalmente um alô para a CPI”. Outro motivo da convocação é a necessidade de esclarecimentos sobre o vínculo de Renan com Marconny Albernaz Faria.
Albernaz é apontado como lobista da empresa Precisa Medicamentos, investigada pela CPI e que fechou um contrato com o Ministério da Saúde para venda de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin a R$ 1,6 bilhão.
Em depoimento à CPI, em 15 de setembro, o lobista confirmou ter auxiliado na abertura do escritório de Renan, localizado no estádio Mané Garrincha. Em dezembro do ano passado, Albernaz comemorou o aniversário no camarote do filho do presidente, que fica no estádio.