RS vai seguir vacinando adolescentes contra Covid-19 enquanto tiver doses da Pfizer

Secretaria Estadual de Saúde destacou importância de vacinação de jovens de 12 a 17 anos

Foto: PME / Divulgação

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirmou, nesta sexta-feira, que vai seguir vacinando adolescentes sem comorbidades enquanto houver estoque da vacina da Pfizer, a única autorizada pela Anvisa para aplicação em pessoas de 12 a 17 anos. Em justificativa, a pasta citou a importância da imunização desse público para conter a pandemia. Na última quarta-feira, uma remessa do imunizante para a primeira aplicação em adolescentes chegou aos municípios gaúchos.

Já o lote recebido nessa quinta-feira, de 191.880 doses da Pfizer, vai permanecer guardado na Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Ceadi). De acordo com a SES, a remessa não vai ser distribuída às regiões de imediato, “para que se mantenham mais tempo congeladas”, a fim de diminuir o risco de perda de doses.

Em uma nota conjunta, a SES e o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul, defenderam, nesta sexta, a continuidade da vacinação do público mais jovem. O presidente do Cosems/RS, Maicon Lemos, explicou que parte das doses destinadas à primeira aplicação em pessoas de mais de 18 anos vai continuar sendo usada para imunizar adolescentes no Rio Grande do Sul. Lemos considerou contraditória a nota informativa do Ministério da Saúde, orientando a suspensão do processo. “Nós temos parecer da Anvisa onde ela recomenda a vacinação de crianças e adolescentes de 12 a 17 anos, com a vacina da Pfizer. Os adolescentes são um público estratégico por se deslocarem muito, podendo se tornarem vetores na transmissão da doença”, enfatizou.

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Na noite de quarta, o Ministério da Saúde emitiu nota suspendendo a recomendação da vacinação para adolescentes sem comorbidades. A posição contraria a indicação feita pela pasta duas semanas antes. Agora, o ministro de Saúde, Marcelo Queiroga, defende apenas a aplicação da Pfizer em jovens com comorbidades, com deficiências ou ou que estejam privados de liberdade. Entidades da saúde e a Anvisa criticaram essa nova resolução.