A região Sul (3,96%) do Brasil, junto com a região Centro-Oeste (3,72%), apresentou uma expressiva recuperação da renda efetiva do trabalho no segundo trimestre deste ano, frente ao mesmo período de 2020. A informação faz parte do estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), considerando o rendimento efetivamente recebido pelos trabalhadores — ou seja, a renda do trabalho do mês com todos os demais benefícios trabalhistas, como férias e bonificações.
O Sudeste também registrou aumento da renda efetiva, de 1,35% por essa base de comparação. Já a região Norte registrou forte queda de 4,2% no segundo trimestre, mas havia recuado menos que o Nordeste no primeiro trimestre (3,85%). O Nordeste foi a região do País mais afetada em rendimento do trabalho pela segunda onda da pandemia.
Na região Nordeste, o rendimento efetivo do trabalho recuou 7,05% no primeiro trimestre deste ano, frente ao mesmo período do ano passado. No segundo trimestre, essa renda registrou uma nova queda, desta vez de 2,56%. Essas quedas resultam na maior perda de rendimento entre as cinco grandes regiões do País.