Anvisa: não há dados para suspensão da vacinação em adolescentes

Em nota técnica, Ministério da Saúde suspendeu a recomendação para vacinar jovens entre 12 e 17 anos, nesta quinta-feira

Foto: Alina Souza/CP

Em nota publicada no fim da tarde desta quinta-feira, a Anvisa se posicionou contrária à suspensão da aplicação da vacina contra a Covid-19 em adolescentes. O órgão ressaltou que não há dados disponíveis, até agora, que “demandem alterações nas condições aprovadas para a vacina”. Dentre os imunizantes contra o coronavírus aplicados no Brasil, o único autorizado para ser administrado em jovens entre 12 e 17 anos é o da Pfizer.

A Anvisa também confirmou que investiga uma morte de adolescente de 16 anos, ocorrida no último dia 2. A jovem recebeu aplicação da vacina da Pfizer e teve uma reação grave. “No momento, não há uma relação causal definida entre este caso e a administração da vacina”, explicou o órgão.

A Anvisa vai entrar em contato com a Pfizer, além de sociedades científicas, para tratar desse caso. “A Anvisa ressalta que todas as vacinas autorizadas e distribuídas no Brasil estão sendo monitoradas continuamente pela vigilância diária das notificações de suspeitas de eventos adversos”, ressalta a nota. A agência também reforça que os “benefícios da vacinação excedem significativamente os seus potenciais riscos”.

Casos de problemas cardíacos são muito raros
O órgão também se manifestou sobre casos de miocardite e pericadite notificados após a aplicação das duas doses. Segundo a agência, são raríssimos: 16 para cada 1 milhão. “Os casos ocorreram com mais frequência em homens mais jovens, após a segunda dose da vacina e em até 14 dias após a vacinação. Foi observado que, geralmente, são casos leves e os indivíduos tendem a se recuperar dentro de um curto período após o tratamento padrão e repouso. Não houve relatos de casos de infarto. Os alertas sobre potenciais ocorrências de miocardites e pericardites foram incluídos em bula, após as ações de monitoramento realizadas pela Anvisa.”