Governo do RS anuncia investimento de quase R$ 250 milhões na rede de saúde pública

Segundo o Palácio Piratini, este é maior aporte dos últimos vinte anos

Rede hospitalar vai receber a maior parte do montante: R$ 177,5 milhões para obras. Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

O Governo do Rio Grande do Sul anunciou, na manhã desta segunda-feira (13), um novo plano de investimentos no setor de saúde. A iniciativa, batizada de “Avançar”, foi dividida em quatro eixos – e vai possibilitar a ingestão de R$ 249,7 milhões na rede de atenção primária até o ano que vem.

A rede hospitalar vai receber a maior parte do montante: R$ 177,5 milhões para obras, reformas e aquisições de equipamentos em todo o território gaúcho. Na sequência, aparece a ampliação e implementação de Unidades Básicas de Saúde (UBS). Mais de R$ 31 milhões serão investidos neste aspecto.

Já os locais usados para a distribuição de medicamentos, de forma gratuita, vão receber R$ 21 milhões. Por fim, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) terá acesso a R$ 19,8 milhões, que devem ser usados para a compra de equipamentos de informática e na renovação da frota de veículos da pasta.

Segundo o governador Eduardo Leite (PSDB), este é o maior aporte dos últimos 20 anos no sistema. “A gente fala muito do sistema de saúde quando ele falha. Como ele é um sistema para atender de forma universal, ele tem as suas falhas e dificuldades. É para isso que anunciamos investimentos, para que menos falhas possam acontecer”, afirma.

Apoio

O político atribui a liberação dos recursos, que tem origem nos cofres do próprio Estado, à agenda proposta pela administração ao Legislativo. Para o tucano, a aprovação das reformas e das privatizações – como da CEEE e Corsan – foram fundamentais para a recuperação do potencial de investimento gaúcho.

“Se estivéssemos privatizando sem reformar o lado da despesa, o dinheiro seria consumido pelo gasto corrente, pelo pagamento do dia-a-dia. Se tivéssemos feito as reformas sem privatizar, estaríamos com as contas equilibradas mas sem qualquer capacidade de investimento adicional”, opina Eduardo Leite.

Vinte hospitais serão beneficiados

O reforço na rede hospitalar, previsto no plano anunciado hoje, vai beneficiar 20 casas de saúde em sete regiões diferentes. No centro-oeste, está prevista a instalação da Unidade de Cardiologia de Alta Complexidade do Hospital Regional de Santa Maria, além da compra de equipamentos para o bloco cirúrgico da Santa Casa de Alegrete.

Enquanto isso, no Norte, cinco instituições receberão investimentos. O Hospital Beneficente
Dr. César Santos, Hospital de Clínicas e Hospital São Vicente de Paulo, todos de Passo Fundo, serão ampliados. Já o Hospital Beneficente São João, de Sananduva, terá uma nova UTI e o Hospital Santa Terezinha ganhará mais capacidade no centro cirúrgico.

Na região dos Vales, dois hospitais ampliarão a capacidade das suas UTIs pediátricas: São Sebastião Mártir, de Venâncio Aires, e Bruno Born, de Lajeado. Além deles, o Hospital
Santa Cruz também terá acesso a uma fatia dos recursos. Enquanto isso, nas Missões, o programa beneficiará o Hospital Santo Ângelo, localizado na cidade homônima.

Litoral e Região Metropolitana serão reforçados a partir dos hospitais de Tramandaí, Novo Hamburgo, São Francisco de Assis, Nora Teixeira, Caridade de São Jerônimo, Instituto de Cardiologia e Complexo de Saúde de Taquara. Já na Serra, o investimento fica concentrado no Hospital Geral de Caxias do Sul.

Por fim, a região Sul foi beneficiada com o maior aporte: R$ 55 milhões para a construção do Hospital de Pronto-Socorro de Pelotas, dedicado ao atendimento de urgência e emergência. A casa de saúde contará com mais de cem leitos, entre vagas clínicas e de UTI, atendendo mais de um milhão de pessoas.