O Brasil chega à semana do início da aplicação da terceira dose da vacina contra covid-19 no ritmo mais veloz desde o início da campanha. Foram 15.698.285 doses aplicadas nos primeiros dez dias deste mês — média diária de 1.569.828 — e 51.451.786 nos últimos 30 dias.
Em ritmo lento nos primeiros cinco meses, a campanha de vacinação finalmente engatou a partir de junho e manteve a crescente desde então. Foram 32.492.023 doses aplicadas naquele mês, mais 41.134.455 em julho e outras 51.874.463 em agosto.
O avanço da vacinação foi acompanhado de redução de mortes e internações a nível nacional. A média móvel de casos dos últimos sete dias também continua caindo e chegou ao patamar de maio de 2020.
Em setembro, porém, o Instituto Butantan e a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) sofreram interrupções nas entregas por problemas com a fiscalização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a falta de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo), respectivamente.
O atraso desafia a vacinação nas próximas semanas, principalmente a partir da quarta-feira (15), quando todos os estados terão que iniciar aplicação da terceira dose em meio à falta de 2ª dose da AstraZeneca em cinco destes. Até agora, só os estados de São Paulo, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul começaram a reforçar a vacinação em idosos e imunossuprimidos.
Os obstáculos também são sentidos no ritmo de distribuição das vacinas e fizeram a semana encerrada no sábado (11) ser a pior desde julho. Com lotes recebidos somente da Pfizer, foram 8,9 milhões de doses entregues, segundo levantamento da plataforma Apolinar. Com 22,2 milhões entregues na semana retrasada, a expectativa é de receber mais 35,4 milhões de doses ao longo do mês.
No último trimestre, o Ministério da Saúde prevê a distribuição de 226 milhões de doses, a maior quantidade do ano.