A Polícia Civil aguarda os laudos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) para saber a causa exata da morte da menina de cinco anos, que foi estuprada e cujo corpo foi encontrado no rio Taquari, em Lajeado. O crime ocorreu na tarde de sábado passado, dia 4. O suspeito, de 35 anos, foi preso no mesmo dia pela Brigada Militar, sendo autuado em flagrante na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA).
Em entrevista na manhã desta quarta-feira à reportagem do Correio do Povo, o titular substituto da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Lajeado, delegado Humberto Messa Roehrig, explicou que os laudos do IGP devem esclarecer o que provocou o óbito. “Tenho um boletim de atendimento médico, quando a menina foi encaminhada ao hospital para tentarem ressuscitá-la, que atesta indicativo de violência sexual”, observou.
O primeiro passo da investigação é saber se a menina foi colocada viva ou não pelo acusado no rio Taquari. O delegado Humberto Messa Roehrig quer apurar se também “a morte foi em decorrências das lesões do estupro ou o suspeito estuprou e em um momento posterior ele a matou”.
Conforme o delegado Humberto Messa Roehrig, o acusado era amigo da mãe da vítima há cerca de três meses apenas. “Ele convidou a menina para ir no mercado e a mãe permitiu que fosse…”, relatou. “Vamos apurar a conduta da mãe, mas não significa que vai responder processo”, confirmou.
No trabalho investigativo, a equipe da Deam de Lajeado examina imagens de câmeras de monitoramento da cidade, sendo que algumas delas registraram a criança sendo levada pelo indivíduo. As diligências que buscam as provas contra o suspeito incluem depoimentos de vizinhos e outras testemunhas, além da procura de mais imagens de câmeras, entre outras.
A mãe e a menina residiam no bairro Praia. Já o suspeito foi detido pelo efetivo do 40º BPM no bairro Floresta. No interrogatório na delegacia, ele permaneceu calado. O homem possui antecedentes criminais por violência doméstica e deve ser agora indiciado por estupro de vulnerável com morte.