CBF detalha reunião e diz que alertou três vezes sobre Anvisa

Partida entre Brasil e Argentina foi suspensa por escalação de jogadores que deveriam cumprir quarentena obrigatória no país

Técnicos Tite e Scaloni conversam durante paralisação de Brasil x Argentina | Foto: Lucas Figueiredo / Divulgação CBF / R7

A partida entre Brasil e Argentina pelas Eliminatórias da Copa 2022 foi suspensa e está longe de acabar. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) detalhou nesta segunda-feira uma reunião com todos os envolvidos na véspera do jogo e disse ainda que alertou três vezes sobre os argentinos que não poderiam entrar em campo segundo as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De acordo com o comunicado divulgado no fim da tarde, a CBF, no papel de anfitriã da partida, alertou sobre os procedimentos necessários nos dias 5 e 11 de julho e 2 de setembro. Os jogadores Emiliano Martinez, Emiliano Buendia, Giovani Lo Celso e Cristian Romero, que atuam na Inglaterra, deveriam cumprir quarentena obrigatória no Brasil — desses, apenas Buendia não estava em campo.

“A CBF esclarece ainda que cumpriu rigorosamente seu papel institucional como entidade anfitriã do jogo, informando todos os envolvidos no jogo a respeito das leis sanitárias em vigor no país em ofício enviado, por meio da Secretaria Geral da entidade, no dia 5 de julho, e reenviado posteriormente em 11 de agosto e 2 de setembro”, diz o texto.

Na reunião em questão, que aconteceu no sábado, no hotel em que a seleção argentina estava hospedada, próximo ao aeroporto de Guarulhos, estavam presentes todos os departamentos envolvidos. Conmebol, CBF, Associação de Futebol Argentino (AFA) e das autoridades de saúde foi recomendada a quarentena para os atletas. Naquele momento, já se sabia que o formulário de entrada no país não havia sido preenchido corretamente.

Uma autorização especial para que esses pudessem ter a situação regularizada era possível. A partir daí, não se tem ao certo quais órgãos trataram o assunto, tampouco qual foi o acordado.

A CBF apenas destaca que em nenhum momento tentou forçar a barra para que o protocolo não fosse seguido ou que tivesse jogo normalmente.

“O papel da CBF foi sempre na tentativa de promover o entendimento entre as entidades envolvidas para que os protocolos sanitários pudessem ser cumpridos a contento e o jogo fosse realizado”, diz o texto.