A discussão acerca da criação de um passaporte vacinal para os vereadores da Câmara de Porto Alegre foi adiada. O requerimento, de autoria da vereadora Laura Sito (PT), visa determinar que apenas parlamentares que se vacinaram sejam autorizados a acessar o plenário, e estava previsto para ser apreciado em reunião da Mesa Diretora nesta quinta-feira. No entanto, a vereadora Comandante Nádia (Dem), que, assim como Laura, faz parte da presidência, pediu vistas a matéria. Com isso, a discussão do requerimento foi adiada por duas semanas e, na teoria, deve voltar a pauta no dia 16.
A iniciativa de Laura surgiu após a vereadora Fernanda Barth (PRTB) assumir que não teria tomado a vacina, pois, segundo ela já teria os anticorpos, uma vez que já teve Covid. A medida tem o apoio de demais parlamentares da oposição e do vereador Claudio Janta (Solidariedade), que também compõe a Mesa.
Janta é autor do projeto que sugere a criação de um “passaporte sanitário” na cidade. Até agora, existem, pelo menos, três projetos tramitando na Casa com o mesmo teor. A Prefeitura, porém, se mostra contra a proposta.
A medida encontra forte resistência por parte de alguns vereadores, como Fernanda e Nádia, que entendem que a restrição para quem não tomou a vacina seria uma medida autoritária. Na prática, se aprovado, o requerimento restinge acesso de determinados vereadores no plenário Otávio Rocha, mas não impede que os mesmo participem das sessões, que estão sendo realizadas em formato híbrido.