Após três dias de folga, o grupo do Grêmio se reapresenta sem seu principal líder: Maicon. A dúvida que fica na Arena é sobre como o plantel irá reagir diante da saída do volante, responsável por levantar várias taças com a camiseta Tricolor e sempre foi um exemplo para os mais jovens.
Felipão terá muito o que corrigir, principalmente depois da derrota em casa para o Corinthians. Na prática, a ausência de Maicon não muda muita coisa no time titular, já que Thiago Santos e Villasanti têm atuado como titulares no meio-campo. O time terá 11 dias de trabalho porque só vai voltar a jogar em 12 de setembro, quando recebe o Ceará, na Arena, já pela primeira rodada do returno do Brasileirão.
A saída de Maicon é apenas mais um capítulo de uma temporada cheia de percalços no Grêmio. Um ano que começou com a eliminação na pré-Libertadores para o Independiente Del Valle, do Equador. Passou pela demissão do técnico Renato Portaluppi, que recém havia renovado contrato, pelas mudanças no departamento de futebol – Marcos Herrmann assumiu –, a contratação de Tiago Nunes, com o pior início de Brasileirão na história do clube e a chegada de Felipão para tentar salvar o time do rebaixamento, entre outros fatos que corroboram com a situação dramática dentro de campo.
A despedida
Nessa terça-feira, Maicon se despediu da torcida através de uma extensa carta. Nos próximos dias, o “capita” deve conceder uma entrevista coletiva para explicar sua saída repentina e surpreendente do Grêmio.
“É impossível expressar os sentimentos em palavras ou até mesmo num texto. Mas não poderia deixar de vir aqui deixar um recado para todos que, assim como eu, também são apaixonados pelo nosso Grêmio. Pois é! Assim que começo essa minha carta de despedida de vocês: minha família tricolor!”, escreveu Maicon. “Ser Grêmio é uma realização que poucos podem ter, e sentir nossa Arena pulsando é algo que nunca vai sair das minhas lembranças. Saibam que em cada treino, em cada jogo e em cada segundo que representei esse manto, eu o fiz com muito amor e com sangue, sangue azul!”, disse o volante em outros trechos do texto.