Após duas assembleias realizadas nesta terça-feira, os trabalhadores da Carris decidiram aceitar a proposta apresentada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT4), que prevê a circulação de 65% da frota em meio à greve da categoria, que deve começar na quinta-feira. O movimento ocorre em protesto contra o projeto de privatização da estatal, que já tramita na Câmara de Vereadores.
De acordo com o representante dos funcionários da Carris, Marcelo Weber, o acordo em negociação prevê que nenhuma empresa possa realizar as viagens da Carris a partir do início da paralisação. “Essa decisão pode se estender por mais dias”, frisa.
Nesta quarta, mais uma audiência vai ser realizada com o TRT. Segundo Weber, o Stetpoa rompeu as negociações depois de a categoria aceitar as condições impostas pelo TRT. “O sindicato não aprovou e retirou os diretores. E afirmou que não vai fazer mais manifestação com a Carris”, explica.
Inicialmente, uma audiência na sexta-feira havia encaminhado o acerto. Na data, a mediação no TRT definiu 80% de circulação em horários de pico e 30% nos demais.
Na mesma data, uma assembleia de funcionários da Carris deu indicativo de greve a partir da quinta-feira, 2 de setembro. A decisão ocorreu após o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, optar por não retirar da Câmara o projeto de Lei que autoriza o Executivo a desestatizar a companhia. O sindicato e os trabalhadores sugeriam o estudo de outras alternativas dentro de um prazo de seis meses.