O desemprego no Brasil recuou pela segunda vez consecutiva e fechou o trimestre encerrado em junho em 14,1%. O valor, 0,5 ponto percentual inferior ao registrado nos três meses anteriores, indica que 14,4 milhões estavam pessoas fora do mercado de trabalho ao fim do primeiro semestre.
Os dados divulgados nesta terça-feira (31), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mantém o volume de desocupados próximo ao recorde de 14,7% de desocupados da série histórica iniciada em 2012, registrada nos meses de março e abril.
Esse recuo na taxa de desemprego foi influenciado pelo aumento no número de pessoas ocupadas, que avançou 2,5% (mais 2,1 milhões) no segundo trimestre de 2021 e alcançou 87,8 milhões no período, segundo os dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
Com a variação, o nível de ocupação subiu 1,2 ponto percentual, para 49,6%. O percentual indica, no entanto, que menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no Brasil.
De acordo com Adriana Beringuy, analista responsável pela pesquisa, o crescimento do nível de ocupação ocorreu em várias formas de trabalho entre os meses de abril e junho, com destaque para o crescimento de 2,1% no número de trabalhadores formais, que alcançou 30,2 milhões.
“Até então vínhamos observando aumentos no trabalho por conta própria e no emprego sem carteira assinada. No segundo trimestre, porém, houve um movimento positivo, com crescimento de 618 mil pessoas a mais no contingente de empregados com carteira”, indica Adriana.
A ocupação também avançou no segundo trimestre com o aumento de 3,4% no número empregados no setor privado sem carteira (10 milhões) na comparação com o trimestre anterior. Em relação ao segundo trimestre do ano passado, esse contingente subiu 16% ou 1,4 milhão de pessoas.