O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) prossegue nesta segunda-feira no 33º dia de buscas pelo menino Miguel, de sete anos, no litoral Norte. “Vento nordeste, água suja, visibilidade ruim, condições ruins…”, lamentou o coordenador da operação e comandante do Corpo de Bombeiros de Tramandaí, tenente Elísio Lucrécio. “Mar está um chocolate”, complementou.
“Trinta e três dias sem novidades”, lembrou o militar, referindo-se ao trabalho iniciado na noite de 29 de julho. A varredura ocorre ao longo da orla entre Mostardas e Torres pelo 9º Batalhão de Bombeiro Militar através dos efetivos das unidades de Tramandaí, Capão da Canoa, Torres e Cidreira.
Caso
Dopado até a morte pela mãe, o menino Miguel teve o corpo jogado, em 29 de julho, no rio Tramandaí, no limite entre Imbé e Tramandaí. Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, de 26 anos. Tanto ela quanto a companheira, Bruna Nathiele Porto da Rosa, de 23, foram presas, com a primeira admitindo o crime e a segunda negando participação.
A mãe segue na Penitenciária Feminina de Guaíba. Já a companheira é mantida no Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), em Porto Alegre. Ambas foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul como autoras do crime, acusadas de tortura, homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver.
A mãe já é considerada ré no processo judicial. Já a situação da companheira dela, denunciada pelos mesmos crimes, fica em suspenso devido à instauração de um incidente de insanidade mental, em andamento. A perícia está sendo realizada pelo IPF.
O promotor de Justiça André Luiz Tarouco Pinto confirmou, na sexta-feira, que a companheira da mãe teve a prisão temporária convertida em preventiva pelo Poder Judiciário.