Encontrado corpo de jovem desaparecida desde o início do mês em Serafina Corrêa

De acordo com a Polícia Civil, Daniele dos Santos Camargo, de 23 anos, teve o corpo enterrado em uma região de mata do município de Nova Araçá

Foto: Record TV RS/Especial

A Polícia Civil encontrou enterrado, no início da tarde desta quinta-feira, o corpo de Daniele dos Santos Camargo, de 23 anos, considerada desaparecida desde 4 de agosto na Serra. De acordo com o delegado Tiago Albuquerque, responsável pelas investigações, Daniele teve o corpo escondido em uma região de mata do município de Nova Araçá, a cerca de 20km de onde a jovem havia sido vista pela última vez.

A vítima, que residia em Serafina Corrêa, desapareceu poucas horas depois de deixar o trabalho, há 22 dias. Ela cumpria expediente à noite e, depois de liberada, passou por uma academia e tomou café da manhã com uma amiga. Imagens de câmeras de segurança, obtidas pela polícia, mostraram o momento em que ela deixou o local e seguiu a pé até o ponto onde o ex-namorado havia estacionado o carro.

O homem, de 40 anos, está preso desde o dia 7. Em novo depoimento, prestado nesta quinta, ele confessou o crime e indicou onde havia enterrado o corpo. Conforme a Polícia Civil, o acusado contou ter asfixiado Daniele com uma extensão elétrica, após uma discussão. Quando percebeu que a jovem havia morrido, ele corpo no porta-malas do veículo e procurou um local para escondê-lo. Por conta da situação, o crime é tratado pela polícia como um feminicídio.

A família de Daniele descreveu o ex-namorado como possessivo. O relacionamento dos dois havia acabado poucos meses antes de a jovem ser morta.

O investigado chegou a acompanhar os pais da vítima ao batalhão da Brigada Militar de Serafina Corrêa, quando registraram o desaparecimento da filha. O ex-namorado se tornou o principal suspeito do crime após entrar em contradição ao prestar depoimento. Isso porque, na primeira vez em que falou com os policiais, disse que não havia visto Daniele no dia em que ela sumiu – fato desmentido a partir das filmagens.

O Instituto-Geral de Perícias (IGP) chegou a analisar o celular do homem e uma amostra de sangue coletada no porta-malas do veículo dele. No laudo divulgado nesta quarta, ficou comprovado que o material era, de fato, compatível com o DNA do pai de Daniele.

Ainda não há nenhuma informação sobre o enterro da jovem. O corpo vai ser necropsiado no posto médico-legal de Bento Gonçalves. A prisão temporária do acusado vai até o início de setembro. A polícia pretende concluir o inquérito na semana que vem e, com base nesse material, pedir a prisão preventiva dele à Justiça.