Delegado que investiga morte de PRF aposentado em Torres vai chamar novas testemunhas a depor

Juliano Aguiar solicitou gravações, imagens e documentos para poder avançar nas investigações

Foto: Record TV/Reprodução

O titular da Delegacia de Polícia de Torres, Juliano Aguiar, deve intimar novas testemunhas a depor, nas próximas horas, sobre a morte do policial rodoviário aposentado Fábio Cesar Zortea, de 59 anos, durante uma briga envolvendo policiais militares no litoral Norte.

De acordo com o delegado, a decisão se deu após a polícia coletar os depoimentos de três mulheres: a filha da vítima, a mulher responsável pela gravação, em celular, das agressões, e uma funcionária do hospital local. As três mencionaram a presença de outras pessoas em meio à confusão.

Além disso, Aguiar também solicitou documentos, entre os quais o assento funcional de cada um dos policiais militares envolvidos na ocorrência e o laudo do Departamento Médico Legal (DML), em caráter de urgência. O delegado requisitou, ainda, a gravação da chamada que originou a abordagem policial, e filmagens que mostrem o local da briga, o entorno, e a chegada dos envolvidos no Hospital, além de informações do SAMU sobre o atendimento.

Em nota, a Polícia Civil informou que novas informações serão divulgadas, somente nesta quinta, por conta da necessidade de diligências a respeito do caso.

Caso 

O policial rodoviário federal aposentado Fábio Cesar Zortea perdeu a vida durante uma briga envolvendo policiais militares em frente a um prédio. O caso ocorreu na madrugada da última segunda, em Torres.

Na ocasião, segundo a Brigada Militar, dois filhos da vítima fugiam de uma abordagem, devido à reclamação de que haviam feito “tumultos” no comércio local. A partir daí, houve uma perseguição de carro por cerca de um quilômetro. Quando os PMs pararam a dupla, a briga começou.

Nessa terça, durante coletiva de imprensa, a Polícia Civil afirmou que além dos dois filhos do policial rodoviários federal aposentado, investiga as condutas de cinco policiais militares, sendo que dois participaram da abordagem e outros três chegaram após a briga que resultou na morte de Zortea.

Em entrevista ao Correio do Povo, o comandante do 2° Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (2°BPAT) da BM, tenente-coronel Aurélio da Rosa, informou que os PMs envolvidos foram afastados das funções. Ele também disse que a corporação está “auxiliando de todas as formas os encarregados do inquérito para que tenham o máximo de informações”, ao citar como exemplo a busca de novas imagens e o repasse das informações para que os respectivos inquéritos da Brigada Militar e da Polícia Civil tenham andamento.