Bolsonaro se declara confiante com aprovação de Mendonça ao STF

Em entrevista à Rádio Farol, de Alagoas, ele disse que advogado-geral da União vai ocupar vaga 'pelo bem do Brasil'

Ministro André Mendonça é relator da ação que questiona o fundo eleitoral. Foto: Anderson Riedel/PR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta terça-feira que está confiante na aprovação do ex-advogado-geral da União, André Mendonça, para o Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o presidente, é natural haver resistência de alguns senadores à indicação. Ele deixou claro, porém, que não vai abrir mão da prerrogativa de apresentar o nome para o cargo. Bolsonaro afirmou que Mendonça vai ocupar a cadeira do Supremo “pelo bem do Brasil”.

Para ser aprovado para a vaga no STF em substituição ao ministro Marco Aurélio Melo, que se aposentou em julho, Mendonça deve passar por uma sabatina no Senado e depois ter o nome pela maioria dos parlamentares, no Plenário da casa. A sabatina segue sem data marcada para ocorrer.

Em entrevista para a Rádio Farol, de Alagoas, Bolsonaro disse que além de ser evangélico, Mendonça mostra “competência enorme no tocante às questões jurídicas”. O presidente solicitou ao ex-AGU, caso venha a integrar o STF, que todas as vezes que começar uma sessão no Supremo, faça uma oração. “Onde Deus está, coisas boas entram junto”, disse.

Combustíveis e gás

Sobre o aumento do preço dos combustíveis e do gás de cozinha, ele voltou a atribuir “culpa” a governadores, que, segundo ele, não demonstraram interesse em baixar alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “Se o governador zerar o ICMS, poderíamos propor ao mercado um preço de custo. Cairia a menos da metade o valor do gás de cozinha, por exemplo”, declarou.

O chefe do Executivo ainda disse que outra solução pode ser a venda direta de gasolina, gás e etanol. A ideia é dispensar o papel do atravessador que, segundo ele, “é quem mais ganha dinheiro na indústria”.

Vacina brasileira contra a Covid-19 

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, acompanhou a entrevista. O ministro falou sobre os investimentos que o Brasil vem fazendo para a criação de uma vacina contra a Covid-19 de origem nacional. De acordo com ele, atualmente o país conta com 15 tecnologias para desenvolvimento de imunizantes – três delas aguardando a aprovação da Anvisa para o início dos testes.

“A expectativa é que, até o final do ano, possamos ter vacinas na fase 3, a fase final dos testes clínicos, para entrar no Plano Nacional de Imunização”. Segundo Pontes, em 2022, o Brasil não vai precisar importar as doses.