CPI apura negócio de R$ 5 bi e não descarta prorrogação

Laboratório Belcher é novo alvo de investigação, que implica novamente o deputado Ricardo Barros. Relatório pode ser lido no dia 21, mas prorrogação não está descartada

Foto: Pedro França/Agência Senado

Na contagem regressiva para a conclusão dos trabalhos, antecipada para setembro, a CPI da Pandemia se volta nesta terça-feira para mais uma suspeita envolvendo o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP/PR). Dessa vez, as movimentações para a venda de vacinas ao Ministério da Saúde envolvem o laboratório Belcher e um negócio de cerca de R$ 5 bilhões. Um dos sócios do grupo é um genro do deputado.

Preliminarmente, a CPI apurou que o próprio Ricardo Barros acompanhou os representantes dos laboratórios Belcher e Vital ao ministério para as tratativas de venda. A excessiva proximidade do líder do governo, e o envolvimento de familiares próximos, para alguns senadores da CPI podem representar indícios de advocacia administrativa e tráfico de influência.

Os planos da comissão de inquérito são de conclusão dos trabalhos de investigação no dia 16 de setembro e de apresentação e leitura do parecer no dia 21 – prazo que antecipa o fim das apurações, autorizadas até o início de novembro. “Havendo algo bombástico, é claro que suspenderemos essas previsões”, declarou um integrante do colegiado que atua ativamente na análise dos documentos, segundo o portal R7.

Na quarta-feira, a comissão de inquérito volta ao tema das fraudes envolvendo a compra da vacina Covaxin. Desta vez, o foco das atenções dos senadores vai ser o FIB Bank, que informou capital social de mais R$ 7,5 bilhões, lastreado em imóveis. A suspeita dos senadores é de que o verdadeiro dono da instituição financeira seja Marcos Tolentino, empresário investigado pela CPI.