Mais da metade das prefeituras concorda com “passaporte” da vacina

Pesquisa da CNM mostra que 35% relataram discordância com esse condicionamento

Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

Mais da metade de um total de 1.896 municípios ouvidos pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) sobre a pandemia manifestou concordância com a exigência de comprovação de vacinação para acesso a espaços públicos e coletivos, como shoppings, supermercados e estádios, por exemplo.

Das prefeituras ouvidas, 1.046 disseram estar de acordo com a medida, o correspondente a 55,2% da amostra. Outras 663 (35%) relataram discordância com esse condicionamento.  Do conjunto de cidades consultadas, 60 (3,2%) informaram ainda estar imunizando pessoas de 35 a 39 anos, 191 (10,1%) chegaram à faixa de 30 a 34 anos, 481 (25,4%) avançaram para o público de 25 a 29 e 1.089 (57,4%) já começaram a imunizar pessoas de 18 a 24.

Do total da amostra, 332 municípios disseram ter ficado sem vacina contra a Covid-19, o equivalente a 17,5%. Outros 1.409 (74,3%%) informaram não ter passado pelo desabastecimento de imunizantes, enquanto 155 (8,2%) não responderam à pergunta. Na semana passada, o índice de cidades que relataram o problema era de 18,7%.

Casos e mortes

Segundo a pesquisa, em 582 municípios (30,7%) houve redução do número de casos de Covid-19, em 267 (14,1%) não foram registrados novos casos, em 598 (31,5%) os casos se mantiveram estáveis e em 310 (16,4%) ocorreu aumento.

Quanto às mortes, em 1.144 (60,3%) não foram registrados novos óbitos, em 303 (16%) a situação se manteve estável, em 189 (10%) houve queda e em 120 (6,3%) o número de vidas perdidas aumentou.

Em 108 cidades (5,7%), já foram identificados casos da variante Delta. Em outras 1.608 (84,8%) não foram detectados casos com esse tipo de variação do coronavírus. Na semana passada, o índice de municípios com a nova cepa era de 3,7%.

Distanciamento

Ainda conforme o levantamento, 1.005 (53%) cidades mantêm alguma forma de medida de distanciamento ou restrição de horário de atividades não essenciais – na semana anterior, o índice era de 59,4%. Outras 748 (39,5%%) responderam não ter lançado mão desse recurso durante a pandemia.