A Policia Civil prendeu, a pedido do Ministério Público, nesta quarta-feira, o policial militar que matou quatro pessoas em uma pizzaria no bairro Mario Quintana, zona Norte de Porto Alegre. O MP denunciou o acusado na sexta-feira passada por quatro homicídios duplamente qualificados, violação de domicílio e por praticar vias de fato (ataque ou violência contra pessoa, sem agressão, mas com objetivo de ameaça).
As vítimas foram dois irmãos, de 33 e de 38 anos, além de um primo, de 28, e um sobrinho, de 26. O fato ocorreu dentro do banheiro do estabelecimento comercial na madrugada do dia 13 de junho, após desentendimento em uma festa na casa da família das vítimas. O inquérito da Polícia Civil concluiu que o policial militar agiu em legítima defesa.
Já o MP sustenta que o PM, fora do exercício das funções, invadiu a residência das vítimas e, sem motivo, agrediu a mais jovem da turma, atacando verbalmente os demais membros da família. Parentes da jovem procuraram o policial para obterem uma explicação e acabaram sendo surpreendidos com os tiros disparados pelo militar. O denunciado matou a primeira vítima, passando a atirar contra os demais, que tentaram socorrer o parente atingido.
“Não há como deixar o autor de tais fatos em liberdade, transitando, armado, pelas ruas, ostentando a farda da Brigada Militar, corporação que orgulha o Rio Grande”, dizem os promotores do caso, André Gonçalves Martínez e Luiz Eduardo de Oliveira Azevedo.