Porto Alegre registra segundo caso de raiva em morcego; autoridades repetem alerta

Vírus provoca encefalomielite, doença extremamente grave e geralmente fatal

Foto: Divulgação SMS/PMPA

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre publicou, nesta quarta-feira, um alerta epidemiológico que confirma o segundo caso de raiva em morcego, em 2021. Dessa vez, a doença afetou um animal não hematófago (não se alimenta de sangue) encontrado no bairro Bom Fim, em agosto. Em junho, a Diretoria de Vigilância Sanitária emitiu o primeiro alerta ao confirmar a doença em um morcego hematófago (se alimenta de sangue) capturado na zona Sul.

A raiva é uma doença transmissível que atinge mamíferos, como cães, gatos, bois, cavalos, morcegos e o homem. Ela é transmitida quando a saliva do animal infectado entra em contato com a pele lesionada ou mucosa, por meio de mordida, arranhão ou lambedura do animal. O vírus ataca o sistema nervoso central, levando à morte rapidamente. A raiva provoca uma encefalomielite, doença extremamente grave e geralmente fatal. No Brasil, apenas dois homens sobreviveram à raiva, vivendo com sequelas graves.

O morcego é um reservatório natural do vírus. Por isso, o contato da espécie com animais de estimação ou humanos sempre é considerado um acidente grave. Para proteger o animal doméstico da raiva, tutores de cães e gatos devem providencial a vacina anual.

Saiba mais

– Caso seja encontrado em situação anormal, como caído no chão ou pendurado em janelas e cortinas, o morcego – vivo ou morto – não deve ser tocado. A recomendação é ligar para o Serviço 156 – Fala Porto Alegre ou para o setor de Antropozoonoses da DVS – (51) 3289-2459 – para orientações. Se possível, o animal deve ser capturado sem ser tocado diretamente, utilizando panos, caixas e baldes ou mantido preso em ambiente fechado até que a equipe municipal realize o recolhimento.

– Acidentes envolvendo contato com morcegos são considerados graves e devem ser notificados imediatamente.

– A notificação de suspeitas ou de acidentes permite medidas de prevenção, controle e monitoramento, seja para a saúde animal ou a humana. Serviços veterinários devem notificar suspeitas ou acidentes à Equipe de Vigilância de Antropozoonoses da SMS.