Policiais prenderam temporariamente, nesta segunda-feira, o segundo suspeito de participação na morte de uma indígena de 14 anos em Redentora, na região do Alto Uruguai. Essa é a segunda prisão efetuada com o aval da Justiça. A Polícia apura as circunstâncias da morte da jovem kaingang, que teve o corpo encontrado em 4 de agosto, na Linha Ferraz.
Nesse domingo, o primeiro acusado de participação no crime já havia sido capturado em uma ação conjunta da 22ª Delegacia de Polícia Regional de Polícia Civil (22ª DPRI) de Três Passos com a Brigada Militar. Os dois mandados de prisão temporária foram expedidos pela Comarca de Coronel Bicaco.
O promotor Miguel Germano Podanosche, que deu o parecer favorável do Ministério Público aos pedidos de prisão, ressaltou que o crime de homicídio, que pode ter se seguido ao estupro da menina, por homens não indígenas, configura grave violação aos direitos humanos na maior reserva kaingang do país.
Na manhã desta segunda-feira, o responsável pelas investigações, delegado Vilmar Alaídes Schaefer, revelou à reportagem do Correio do Povo que nenhuma hipótese é descartada para o crime, como por exemplo violência sexual ou vingança. O trabalho investigativo apura “as circunstâncias objetivas e subjetivas” na morte da vítima, que pertencia à Reserva Indígena do Guarita.
A adolescente, encontrada nua, teve o corpo parcialmente dilacerado e deixado em uma plantação perto de uma mata aberta, na zona rural de Redentora. Ela era considerada desaparecida desde 31 de julho, quando participou de uma festa na Vila São João, no interior do município.