O desempenho da inflação acima do teto da meta estabelecida pelo governo para o período foi impulsionado pelos saltos de 39,7% no preço do arroz e de 34,3% no valor das carnes. Lidera o ranking o óleo de soja, outro item essencial para a alimentação que disparou 84,3% no último ano. Entre as carnes, as maiores variações positivas foram registradas pelos preços do músculo (+43,4%), pá (+40,4%), patinho (+39%), lagarto (+37,7%), costela (+37,6%), cupim (+36,8%) e acém (+36,6%).
Opções de proteína para substituir as carnes, os frangos ficaram mais de 20% mais caros nos últimos 12 meses. Ao mesmo tempo, os ovos de galinha e os pescados acumulam variações menos significativas de, respectivamente, 11,2% e 3,6% em um ano.Para fechar o tradicional parto feito dos brasileiros, os feijões apresentam comportamento de preços diferentes, conforme o tipo do grão. Enquanto o feijão-fradinho saltou 42,4% nos últimos 12 meses, o feijão-preto acumula alta de 19,1% e o feijão-carioca ficou 3,3% mais barato no mesmo período.
Diante dos recentes saltos nos preços, o presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, avaliou nesta semana que a inflação trouxe surpresas negativas aos brasileiros nos últimos meses. Em sua última live semanal, o presidente Jair Bolsonaro também reconheceu que o IPCA acumulado dos últimos 12 meses é um “número grande”.
Combustíveis
Com um salto de 41,3% entre agosto do ano passado e julho deste ano, os combustíveis veiculares figuram como outro dos vilões do bolso dos consumidores brasileiros. O principal destaque negativo parte do etanol, que ficou 57,3% mais caro no período de 12 meses. Atualmente, cada litro do biocombustível sai por, em média, R$ 4,339 nos postos, de acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).