Professores estaduais protestaram, nesta sexta-feira, exigindo reposição salarial, em frente ao Palácio Piratini, no Centro de Porto Alegre. As perdas da categoria são avaliadas em 45% em decorrência de um período de sete anos sem reposição inflacionária. O Cpers Sindicato promoveu a manifestação, orientando apenas os filiados a apenas comparecerem à Praça da Matriz se já vacinados, com duas doses.
Cerca de 400 professores vindo de cidades como Uruguaiana, Santiago, Santa Maria, Bento Gonçalves e Palmeira das Missões, vieram para a capital engrossar o coro pela reposição e contra a PEC 32/2020. A chamada reforma administrativa altera dispositivos sobre servidores e empregados públicos e ainda modifica a organização da administração pública. A votação da PEC é prevista para o fim de agosto.
A presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, reuniu uma comissão para protocolar junto ao governo 280 moções de apoio à causa. “São quase 300 Câmaras de Vereadores do Estado que se posicionaram a nosso favor”, relata.
Representantes de outras entidades também se uniram à manifestação, como União Estatual do Estudantes (UEE), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), o Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no RS (Sintrajufe/RS) e a Central Única dos Trabalhadores do RS (CUT/RS).
Na parte da manhã, a categoria esteve em um seminário realizado pela comissão especial da Câmara dos Deputados, no auditório Dante Barone, na Assembleia Legislativa, para discutir a PEC 32/2020. Para os servidores, a proposta objetiva destruir a possibilidade de carreira no ensino público e abrir a possibilidade de que cargos de confiança preencham cargos que hoje dependem de concurso público.
*Com informações da repórter Taís Teixeira
