Melo se reúne com Eletrobras para tratar de pedido de doação da Usina do Gasômetro a Porto Alegre

Pedido deve ser encaminhado pela empresa à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)

Foto: Alex Rocha / PMPA / Divulgação

A situação da Usina do Gasômetro pautou uma reunião entre o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, e o presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, na manhã desta quarta-feira, no Rio de Janeiro. No mês passado, o prefeito formalizou ao governo federal o pedido de doação definitiva do prédio, que é cedido à prefeitura pela Eletrobrás. A preocupação do Executivo é com o futuro de um dos cartões postais da cidade, já que a estatal entrou no Programa Nacional de Desestatização do governo federal. Em 1982, a Eletrobrás cedeu a estrutura, por tempo indeterminado, ao Município.

“Tivemos uma conversa muito receptiva com o presidente, e existe a compreensão de como o espaço é simbólico para Porto Alegre. A Usina já se enquadra como inservível para a Aneel”, avaliou Melo. O pedido deve ser encaminhado pela Eletrobrás à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A Usina do Gasômetro passa por recuperação, no valor total de R$ 13 milhões, executada pelo Consórcio RAC/Arquibrasil.

Melo chegou ao Rio, nessa terça-feira, sendo recebido pelo prefeito Eduardo Paes no Palácio da Cidade. Em reunião-almoço, ambos debateram parcerias futuras entre as capitais e ações de enfrentamento à pandemia. Alguns aspectos do projeto de revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro poderão ser usados como exemplo para o plano Centro+ a ser implementado no Centro Histórico da capital gaúcha.

Também nesta quarta, Melo se reuniu com o secretário municipal de Planejamento Urbano, Washington Fajardo, para conhecer os detalhes do Programa Reviver Centro, que prevê a recuperação urbanística, social e econômica daquela região na capital fluminense. A iniciativa define incentivos urbanísticos e tributários para construção de moradias, incluindo a conversão de prédios comerciais em residenciais ou para uso misto na região do Centro e da Lapa.

“No aspecto urbanístico, nossa proposta de Porto Alegre é muito robusta, mas no âmbito fiscal o projeto do Rio é mais audacioso e reúne incentivos importantes para atrair investimentos habitacionais, envolvendo IPTU, taxas e outros estímulos. Tudo é informação relevante para avaliarmos a melhor versão diante da nossa realidade local”, disse Melo.