Os trabalhadores vinculados à Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) planejam uma paralisação de todas as atividades não-essenciais nesta terça-feira (10), em protesto contra a privatização da estatal. O ato deve acontecer nas imediações de todas as Unidades Regionais – que são localizadas em municípios como Porto Alegre, Santa Maria, Alegrete, Passo Fundo, Santo Ângelo e Osório.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto do Estado (Sindiágua/RS), Arilson Wünsch, garante que o abastecimento não vai ser afetado pela mobilização. “Nosso serviço é essencial. Para nós, o fornecimento de água é essencial, e é para isso que queremos chamar a atenção. Água não pode ser mercadoria, e não vamos tratá-la desta forma”, afirma.
Na prática, os servidores da Corsan pleiteiam o fim da tramitação do projeto de Lei no qual o Governo do Estado pede autorização para vender a companhia. Além disso, eles alegam o sucateamento das operações e a terceirização de serviços essenciais. As parcerias público-privadas firmadas no setor de saneamento também são alvo de críticas por parte dos 5,7 mil trabalhadores concursados.
“Nós somos todos celetistas, não somos estatuários. Logo, temos uma estabilidade provisória, em razão do concurso público que prestamos. Entretanto, certamente, quando termina-se uma empresa como a Corsan, todos os servidores serão colocados, popularmente, no olho da rua. Teremos que procurar uma outra atividade para fazermos”, lamenta Wünsch.
Passeata
Além da paralisação nas Unidades Regionais da Corsan, está prevista uma manifestação no Centro Histórico de Porto Alegre. O ato vai começar em frente à sede da Corsan, na rua Caldas Júnior, e consiste em uma caminhada até a Assembleia Legislativa – onde tramita a privatização da estatal. De acordo com o Sindiágua, a mobilização se estenderá ao longo de todo o final da manhã.
