A coloração turva da água, além da correnteza provocada pelo vento norte-sul permanecem sendo os principais obstáculos aos trabalhos de busca ao corpo do menino Miguel dos Santos Rodrigues, de sete anos, no litoral Norte. Nesta segunda-feira, as ações foram realizadas entre Torres e Balneário Pinhal, devido às mudanças provocadas pela corrente marítima.
Conforme o comandante da operação, tenente Elísio Lucrécio, a condição do mar torna “impossível visualizar na área” de procura, que completou 12 dias nesta tarde. Ainda assim, o militar disse que foram realizados trabalhos de “constante observação a algo estranho que possa aparecer no mar”.
A ação, liderada pelo 9º Batalhão de Bombeiros Militar (9º BBM), recebe o apoio de pelotões de Torres, Capão da Canoa, Tramandaí e Cidreira. Os trabalhos serão retomados na manhã desta terça.
Caso
Miguel dos Santos Rodrigues é considerado desaparecido desde 29 de julho, data em que a mãe, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, alega tê-lo agredido, dopado e jogado no rio Tramandaí.
No sábado, ela e a companheira, de 23 anos, foram indiciadas pela Polícia Civil por tortura, homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. O procedimento policial, concluído mesmo sem a descoberta do corpo da vítima, vai ser analisado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul – ao órgão, cabe fazer ou não a denúncia ao Poder Judiciário.
A mãe teve a prisão preventiva decretada e está na Penitenciária Feminina de Guaíba. Já a companheira dele encontra-se recolhida no Instituto Psiquiátrico Forense, em Porto Alegre.