Greve dos rodoviários afeta transporte intermunicipal de sete cidades da região Metropolitana a partir de segunda

Paralisação anunciada pelo sindicato da categoria é motivada pelo não pagamento de 1/3 das férias, do valor integral do vale alimentação, além do reajuste salarial dos trabalhadores, que não ocorre há dois anos

Foto: Fernanda Bassôa/CP

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários Intermunicipais da Região Metropolitana (Sindimetropolitano) anunciou, nesta quinta-feira, que a categoria entra em greve a partir da próxima segunda, dia 9 de agosto, por tempo indeterminado. A paralisação vai afetar linhas metropolitanas que atendem Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Glorinha, Gravataí, Nova Santa Rita e Viamão.

A greve, conforme o documento assinado pelo presidente da entidade Mauro da Silva Santos, é motivada pela falta de pagamento de 1/3 das férias, do valor integral do vale alimentação, além do reajuste salarial dos trabalhadores, que não ocorre há dois anos. Além disso, o sindicato também reforça que o movimento decorre do número excessivo de demissões.

As reivindicações, inclusive, levaram a categoria a realizar uma “Operação Tartaruga” na última terça, nos corredores de ônibus do Centro de Porto Alegre. Na ocasião, aderiram ao protesto cerca de 80 motoristas de empresas como a Sogil, a Soul, a Transcal e a Viamão.

ATM

Em nota, a  Associação dos Transportadores Intermunicipais Metropolitanos de Passageiros (ATM), demonstrou preocupação com a greve anunciada pela categoria, principalmente pelo prejuízo aos usuários que dependem do serviço diariamente. No documento, a entidade destacou que, apesar da crise financeira, as empresas vem cumprindo “rigorosamente o que propuseram aos trabalhadores”.

Além disso, a entidade salientou que vem buscando diálogo junto ao Estado, representado pela Metroplan e as secretarias de Apoio e Articulação aos Municípios e Apoio à Gestão Administrativa e Política, para contornar o desequilíbrio econômico-financeiro que atinge o sistema.

Metroplan

Na última terça, ao Correio do Povo, o diretor de transporte metropolitano da Metroplan, Francisco Horbe, havia dito que o órgão não interfere em questões de funcionários e empresas mas que, em caso de indicativo de greve, a fundação vai atuar como mediadora a fim de buscar uma alternativa.