O Instituto-Geral de Perícias (IGP) realiza, nesta quarta-feira (4), a análise do motor home onde a secretária de Educação de Gravataí, Sonia Oliveira, foi encontrada morta. Ela estava acompanhada do marido, Ricardo Abreu, que também faleceu na ocorrência, registrada em um camping de Gramado, na Serra Gaúcha.
O trabalho é coordenado por um perito criminal da seção de engenharia do Departamento de Criminalística, que tem sede em Porto Alegre. A análise preliminar do local foi realizada ainda durante a madrugada, por um profissional lotado em Novo Hamburgo. A polícia acredita que um vazamento de gás tenha provocado as mortes.
“Nós encontramos as carteiras e os documentos das vítimas, que estavam intactos. Não há sinais externos de violência física. Também constatamos que o botijão aparentava estar vazio, e o equipamento que faz a transmissão do gás estava aberto. Por isso, há a possibilidade de asfixia”, explica o delegado Gustavo Barcellos.
O casal parou de se comunicar com a família no sábado. O sumiço gerou a desconfiança dos dois filhos, que acionaram a Brigada Militar na tarde de terça. Horas depois, os agentes encontraram o motor home e identificaram a presença de dois corpos imóveis no interior do veículo – que só foi aberto após a chegada de uma guarnição da Polícia Civil.
“Estamos aguardando contato com o Departamento Médico-Legal. A causa das mortes só será decretada a partir da perícia necroscópica e laboratorial. Precisamos desse resultado para poder definir se a nossa linha de investigação está corretas, ou não”, ressalta o responsável pelo caso.
Luto
O prefeito de Gravataí, Luiz Zaffalon, decretou luto oficial de três dias na cidade em razão da morte da secretária de Educação. Em nota, a administração classificou Sonia como “uma das pessoas mais queridas da cidade, com dezenas de anos de atuação na política”. Ela e Ricardo deixam os filhos, Felipe e Karolline, e o neto Arthur.
