Escolas privadas do RS preveem 100% de adesão ao formato presencial até o fim de 2021

Após recesso, atividades da rede foram retomadas nesta segunda-feira

Foto: Alex Rocha/PMPA

A maior parte dos 425 mil alunos matriculados em escolas privadas do Estado teve as atividades retomadas nesta segunda-feira (2). A reta final do ano letivo é marcada pela manutenção do sistema híbrido adotado desde maio, quando as instituições foram autorizadas a receber os estudantes pela primeira vez desde o início da pandemia.

Entretanto, a expectativa é de que o ensino remoto volte a ser encarado como a segunda opção para as famílias. O Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (SINEPE/RS) estima que mais de 73% dos alunos já estejam frequentando as salas de aula todos os dias, e tem a intenção de atingir a marca dos 100% ainda neste ano.

“A rede privada está cumprindo todos os protocolos, que são bastante rígidos, mas a nossa ideia é podermos ter a maior quantidade possível de alunos no formato presencial. A presencialidade é muito importante, principalmente quando a gente trata de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio”, afirma o presidente da entidade, Bruno Eizerik.

A categoria considera que o principal obstáculo para o retorno de todos os estudantes é a imposição do distanciamento de 1,5m entre as classes. A regra, fixada pelo Palácio Piratini no decreto que viabilizou a retomada, reduz a capacidade das escolas. Por isso, o SINEPE/RS pediu que o Governo reduzisse o espaço mínimo para 1 metro.

“Muitas das nossas escolas estão tendo de atender os alunos de forma escalonada, com algumas turmas nas segundas, quartas e sextas e outras nas terças e quintas. Se nós voltarmos a ter o distanciamento que tínhamos antes, poderemos atender a todos sem a necessidade de rodízio entre as turmas”, explica.

Protocolos

O calendário das instituições privadas prevê que o ano letivo seja encerrado até o dia 22 de dezembro. Até lá, todas as escolas estão comprometidas com a manutenção das medidas de segurança sanitária – como o uso de máscaras, escalonamento de intervalos, ventilação de ambientes e contenção das aglomerações nas entradas e saídas dos prédios.

“A escola não está isolada. Obviamente, aconteceram alguns casos. Mas aquela grande preocupação, de que a abertura das escolas aumentaria os casos, não se concretizou. Já sabemos que as crianças não são vetores, os nossos professores e funcionários estão vacinados. Não tivemos nenhum surto”, garante Eizerik.

Universidades privadas iniciam atividades presenciais

Neste semestre, as aulas presenciais também serão uma realidade nas universidades privadas gaúchas. A PUCRS, por exemplo, retoma as atividades nesta segunda-feira. Por lá, cada faculdade vai definir o modelo de retomada – que será híbrido para algumas, e escalonado para outras.

Já a Feevale dará preferência ao retorno dos alunos para as disciplinas práticas e estágios. A partir de 16 de agosto, a instituição vai promover algumas aulas híbridas – com parte da turma no campus, e parte em casa. A Unisinos, que reabre no dia 9, oferecerá o mesmo conteúdo, simultaneamente, para as duas modalidades.

Na ESPM, o modelo foi chamado de “semipresencial” – e também terá início na semana que vem. Enquanto isso, a Uniritter permitirá que parte dos estudantes voltem a frequentar as salas de aula a partir da segunda semana de atividades no semestre. Até o momento, as universidades públicas optaram por manter todos os alunos em casa.