O incêndio de grandes proporções que atingiu um galpão da Cinemateca Brasileira, na noite desta quinta-feira, em São Paulo, consumiu cerca de 2 mil cópias de filmes e quatro toneladas de documentos, conforme a Record News. No galpão, localizado na vila Leopoldina, era armazenado o acervo secundário da Cinemateca. A sede principal da instituição fica na vila Mariana.
A capitão do Corpo de Bombeiros Karina Paula Moreira explicou que o incêndio começou no primeiro andar, devido à uma manutenção de ar condicionado feita por uma empresa terceirizada. “Foram atingidas três salas, duas de filmes, que é acervo histórico, e uma de arquivo impresso”, disse.
A S.O.S. Cinemateca Brasileira, uma rede criada por ex-funcionários do local, informou em nota que vai reunir informações sobre o ocorrido, mensurar qual pode ser o prejuízo e divulgar detalhes dos materiais queimados no galpão.
Alerta
Um manifesto divulgado em 12 de abril por trabalhadores da Cinemateca apontou que desde o fechamento do órgão, em agosto de 2020, “não há corpo técnico contratado, o acervo segue desacompanhado e não há qualquer informação sobre suas condições”.
O texto alertou para riscos de acervo, equipamentos, bases de dados e de a edificação ser consumida por um incêndio, devido à “possibilidade de autocombustão das películas em nitrato de celulose”.
A nota recordou que, em 74 anos, a Cinemateca enfrentou incêndios quatro vezes. O último, em 2016, destruiu mil rolos de filmes, correspondentes a 500 obras – a maior parte cinejornais – filmes curtos e documentais realizados na primeira metade do século XX,.