Saúde vai concluir distribuição de vacinas para toda a população adulta antes de mudar intervalo da Pfizer

Ministro também confirmou hoje a inclusão de adolescentes a partir de 12 anos na campanha contra o coronavírus

Foto: Walterson Rosa / MS / Divulgação

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou hoje que a Pasta só vai decidir sobre a antecipação do intervalo entre as duas doses da Pfizer, que, atualmente, é de 90 dias, depois que forem distribuídas vacinas suficientes para imunizar toda a população adulta, acima de 18 anos, contra a Covid-19.

Na bula do fabricante da Pfizer, o intervalo indicado é de 21 dias, mas não há indícios de que estender o prazo seja prejudicial. A redução do intervalo é estudada para acelerar a imunização diante do crescimento dos casos de pessoas infectadas com a variante Delta do vírus da Covid-19. Atualmente, o Ministério recomenda um intervalo de 12 semanas entre as duas doses para poder imunizar, com a primeira, o maior número possível de pessoas em todo o país.

“Nossa expectativa é atingir a população acima de 18 anos vacinada até o começo de setembro. A partir daí, vamos discutir a redução no intervalo da dose da Pfizer”, explicou o ministro. A ideia é avançar com a segunda dose em um número maior de pessoas e também aquelas abaixo de 18 anos, que atualmente só podem tomar o imunizante da Pfizer – o único autorizado pela Anvisa para esse público.

Até lá, estados e municípios ainda devem seguir as orientações do Ministério da Saúde sobre os intervalos entre as doses de vacinas e outras recomendações do Plano Nacional de Imunização (PNI), “sob pena de responsabilidade futura”.

Queiroga também anunciou, nesta terça, que adolescentes de 12 a 17 anos serão incluídos no esquema vacinal.

A ampliação, oficialmente, só entra em vigor após o envio da primeira dose para a vacinação de adultos com mais de 18. Entre os adolescentes, devem ser priorizados aqueles com comorbidades – o que em algumas cidades, como Porto Alegre, já acontece.

As medidas foram acertadas durante reunião entre o Ministério e representantes de estados e municípios. Em agosto, a Pasta projeta receber 63 milhões de doses de vacinas -, 10 milhões de doses AstraZeneca, 20 milhões da Coronavac e 33,3 milhões de doses da Pfizer. Os contratos com a farmacêutica americana preveem a entrega de 200 milhões até o fim do ano. Menos de 18 milhões chegaram, até o momento.